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Mostrando postagens de junho, 2023

A Bandeira e o Hino de São José dos Campos

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Em 14 de junho de 1967, ano do segundo centenário de elevação de São José dos Campos à categoria de vila, a Prefeitura criou um concurso, pelo Decreto Municipal 994, para a composição do Hino do Segundo Centenário.  Foi vencedor o trabalho do professor Vítor Machado de Carvalho, com partitura do maestro Pepe Ávila, de São Paulo.  A obra foi instituída como símbolo do município pela Lei Municipal 1.463, de 26 de agosto de 1968. Abaixo a letra do Hino  "Ei-la envolta na neblina Debruçada na colina, Sob o olhar da Mantiqueira São José a hospitaleira São José bicentenária Das mãos de Anchieta nascida, Desta terra legendária Que alegre vivas unida No teu trabalho febril Que o orgulho sejas do Vale A cidade que mais cresce Pois o título desvanece Ei-la envolta na neblina Debruçada na colina, Sob o olhar da Mantiqueira São José a hospitaleira São José bicentenária De operário a estudante, Teu sangue novo estoante Flui da escola à oficina E da fé te ilumina, Unes o livro ao esmer...

Crônicas de São José dos Campos- A Lenda do Corpo Seco

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Contava Eu, lá pelos idos de 1967, com sete anos de idade e  em casa de minha Avô paterna, Belmira Salles de Araújo, nascida em São José dos Campos-SP, no ano de 1900, ouvia a famosa história do corpo seco, assombração que importunava os moradores de São José dos Campos, contada por seu Pai, Manoel Portes de Araújo, natural de  São José dos Campos, estória que ela contava, prevenindo os netos e netas para não cometer pecados.... Era mais ou menos assim: Um certo indivíduo, de mau gênio e muito ruim, tratava sempre de maltratar todos os empregados da fazenda, bem como por qualquer motivo punia-os severamente. Em certa ocasião, alguns Frades mendicantes chegaram à porteira de sua fazenda, solicitando esmolas destinadas para a orfandade, além de não atender ao solicitado, o fazendeiro mandou expulsá-los a chicotadas e atiçando os cães contra os religiosos. Os Pais desse fazendeiro tentaram intervir na defesa dos Frades e também foram açoitados a chicote a mando dele. Ocorre que l...

Crônicas de São José dos Campos- A Igreja de São Benedito

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A Igreja de São Benedito, que naquela época, era o Santo de devoção dos negros, começou a ser construída por volta de 1872, na Praça Cônego Lima, como resultado das esmolas e caixinhas de São Benedito, que os escravos solicitavam com esse propósito, pela cidade e zona rural, também com recursos provenientes de festas e quermesses em louvor ao Santo. Devido à falta de recursos, as obras foram interrompidas e posteriormente demolidas por ordem do fazendeiro João Ribeiro, que construiu a igreja na Praça Afonso Pena, cuja primeira missa se realizou em 1876. A técnica construtiva adotada foi a de taipa de pilão, conduzida por José Vicente, conhecido por "Zé Taipeiro".  As primeiras providências para o início da construção da igreja são encontradas na ata de reunião da Irmandade de São Benedito do dia 20 de junho de 1869, quando houve o pedido de compra da taipa.  A partir de então, começou-se a arrecadar fundos para a obra, sendo paralisada por várias vezes por falta de verba....

Crônicas Hindus- Lord Ganesha

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Ganesha é considerado removedor de obstáculos, proporcionador do sucesso e da fartura, mestre do intelecto, da sabedoria e chefe do exército celestial, e por isso também, esta divindade é encontrada sempre na porta de todos os templos hindus e na porta das casas dos hindus como o protetor.  É o primeiro filho de Xiva e Pārvatī, irmão de Escanda, e o esposo de Budhi (Aprendizado) e Siddhi (Realização). Ele é representado como uma divindade amarela ou vermelha, com uma grande barriga, quatro braços e a cabeça de elefante com uma única presa, montado em um rato.  É habitualmente, representado sentado, com uma perna levantada e curvada por cima da outra.  Em geral, antepõe-se ao seu nome, o título Hindu de respeito śrī ou shri. Ganesha é o símbolo das soluções lógicas e deve ser interpretado como tal.  Seu corpo é humano enquanto que a cabeça é de um elefante, ao mesmo tempo, seu transporte (vahana) é um rato.  Desta forma, Ganesha representa uma solução lógica para...

Personalidades Joseenses- O Poeta Cassiano Ricardo Leite Machado

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Cassiano Ricardo Leite Machado, nasceu em São José dos Campos, em 26 de julho de 1894, filho de Francisco Leite Machado e Minervina Ricardo Leite, foi um jornalista, poeta e ensaísta brasileiro. Foi educado dentro do modelo da aristocracia cafeeira, sua família era rica e produtora de café com fazendas em São José dos Campos e com diversas propriedades na área urbana.  Fez os primeiros estudos em sua cidade natal e os completou em Jacareí. Sob influência de seu tio-avô, Manuelzinho Ricardo, poeta e farmacêutico em São José dos Campos, “Cassianinho”, como era tratado por seus parentes, começou cedo na literatura, tanto é que no “Almanach” de SJC para o ano de 1905, já lemos o poema  “Os Piriquitos”, tinha o poeta apenas 10 anos de idade!  Seus primeiros versos foram dentro da escola parnasiana.  Aos 16 anos publicava o seu primeiro livro de poesias, "Dentro da Noite". Representante do modernismo de tendências nacionalistas, esteve associado aos grupos Verde-Amarelo e ...

Crônicas de São José dos Campos- A Estação Ferroviária Central

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A estação de São José dos Campos foi inaugurada pela E. F. do Norte em 1876.  A linha original vinha de Jacareí, passava pela estação do Limoeiro (esta, aberta em 1894), depois a Parada Lima, cruzava o Ribeirão do Vidoca, subia a colina na direção aproximada da atual Avenida Anchieta, galgando a escarpa e alcançava o altiplano aproximadamente na atual confluência da Avenida São João com a Avenida Nove de Julho.  Nesta área foram construídas a estação, armazéns, terminal de cargas e o escritório da Companhia. Esta localização favoreceu o desenvolvimento do núcleo central em direção a essa região.  A Av. João Guilhermino (antiga “Avenida da Estação”) transformou-se no principal “portal” de entrada da cidade e o elo de ligação entre a estação ferroviária e o centro. A antiga estação, erigida em 1887, que substituíra a original (provavelmente de madeira ou uma estação muito pequena e provisória), situava-se onde hoje se encontram a estação de tratamento de águas da Sabesp e o...

Personalidades de São José dos Campos- Madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico

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Dulce Rodrigues dos Santos nasceu em São Paulo, em 1901, era filha do Dr. Brasílio Rodrigues dos Santos, advogado, professor e político, e da Sra. Helena Herold Rodrigues.  Formou-se professora, em 1919, pela Escola Normal Caetano de Campos e após formar-se, ali lecionou até 1922.  Naquele ano, foi diagnosticado que contraíra a tuberculose.  Em função da doença, veio para São José dos Campos, acompanhada de sua mãe, tinha 21 anos. Durante sua recuperação, a jovem Dulce preocupava-se com a saúde daqueles que chegavam às pensões em busca de tratamento.  Assim, já reestabelecida, começou a oferecer aos doentes um pouco de conforto, visitando-os, levando-lhes boas leituras e sua caridade. Em 1927, foi fundada na praça Afonso Pena n°14-A a “Pensão das Moças”, de sua propriedade, a qual, dois anos depois, transferiu-se para o n°12 da mesma praça. Mesmo tento um físico frágil e delicado, Dulce nutria o desejo de dedicar-se à vida religiosa, não abandonando o seu anseio por ...