Postagens

Lendas Indígenas Brasileiras- A Origem de Vila Velha

Imagem
A lenda de Vila Velha, ou de Itacueretaba (“cidade perdida de pedra”) é de domínio popular.  Segundo a lenda, esse recanto foi escolhido pelos primitivos habitantes para ser o Abaretama, “terra dos homens”, onde esconderiam o precioso tesouro “itainhareru”.  Dhui fora escolhido para chefe supremo dos apiabas.  Entretanto, não desejava seguir aquele destino.  Seu sangue se achava perturbado pelo fascínio feminino. As tribos rivais, ao terem conhecimento do fato, escolheram Aracê Poranga para tentar o jovem guerreiro e tomar-lhe o coração para conseguir o segredo do tesouro.  Não foi difícil Aracê se apaixonar completamente por Dhui.  Numa tarde primaveril, Aracê veio ao encontro de Dhui trazendo uma taça de “uirucuri”, o licor de butias, para embebedar Dhui.  No entanto, o amor já se assenhorava de sua razão e ela também tomou o licor, ficando ambos sob a sombra de um Ipê, languidamente entrelaçados.  Tupã vingou-se, desencadeando um terremoto que ...

Lendas Indígenas Brasileiras- O Uirapuru

Imagem
Diz a lenda que um jovem guerreiro apaixonou-se pela filha do grande cacique.  Por se tratar de um amor proibido não poderia se aproximar dela.  Sendo assim, pediu ao deus Tupã que o transformasse em um pássaro.  Tupã transformou-o em um pássaro vermelho telha, com um lindo canto   O cacique foi quem logo observou o canto maravilhoso daquele pássaro.  Ficou tão fascinado que passou a perseguir o pássaro para aprisioná-lo e ter seu canto só para ele.  Na ânsia de capturar o pássaro, o cacique se perdeu na floresta.  Todas as noites o Uirapuru canta para a sua amada.  Tem esperança que um dia ela descubra o seu canto e saiba que ele é o jovem guerreiro. Fonte; : www.wikipedia.org Imagem: https://br.pinterest.com/pin/4433299622230999/

Lendas Indígenas Brasileiras- Tribo Caingangue- A origem das Cataratas do Iguaçú

Imagem
O rio Iguaçu pertencia a M’boi.  Tinha muito peixe e em suas imediações, habitava a tribo dos índios Caingangue Porém, apesar da abundância de peixes, a tribo enfrentava grande fome. O Cacique Caingangue resolveu fazer trato com o deus-serpente. M’boi deixaria  a tribo pescar, em troca a tribo daria cunhã para M’boi.  Cunhã era o adjetivo para moça muito bonita, bonita como Naipi, a mais linda de toda tribo Caingangue. Muitos queriam se casar com Naipi, e  começaram as lutas.  Tarobá, um jovem e forte guerreiro foi o vencedor.  O deus-serpente M’boi viu Naipi e pediu a moça para ele. Tarobá não quis.  M’boi desfez o trato com índio.  A fome aumentou. Os Caingangues decidiram roubar Naipi de Tarobá para entregar a M’boi.  A moça foi levada para beira do Iguaçu.  Tarobá chegou primeiro. Pegou Naipi e fugiu mata adentro.  M’boi correu atrás, rasgando chão, derrubando mata, alagando baixada.  Nem mesmo o deus-serpente podia vencer ...

Lendas Indígenas Brasileiras- A Gralha Azul

Imagem
Esta Lenda teve origem no estado do Paraná, na região sul do Brasil.  Conta-se que uma gralha recebeu da Mãe Natureza um pinhão para matar sua fome.  A ave, que ficou muito feliz e satisfeita com o alimento, comeu metade do pinhão e enterrou a outra para se alimentar depois, mas se esqueceu onde havia escondido o restante do fruto. Algum tempo depois a gralha percebeu que um lindo pinheiro começou a brotar na floresta e decidiu cuidar dele.   Conforme foi crescendo, o pinheiro começou a dar frutos com os quais a ave continuou a se alimentar para saciar sua fome.  Assim como da primeira vez em que recebeu um pinhão da Mãe Natureza, a gralha comia uma parte do fruto e enterrava o restante, sempre se esquecendo de onde havia escondido o alimento. Dessa forma, a gralha plantou uma floresta inteira de araucárias pela região sul.  Como recompensa por sua bela atitude, a Mãe Natureza decidiu modificar a cor do pássaro que antes era pardo, deixando-o com a coloraçã...

Lendas Indígenas Brasileiras- A Boiúna

Imagem
Em uma tribo do Paraná, vivia uma cobra enorme, a Boiúna Capei, que aterrorizava a todos.  Para que a Boiúna não atacasse os índios, o cacique prometeu que lhe daria sua filha Naipi em casamento.  A jovem Naipi tinha bom coração e queria salvar a tribo, mas era apaixonada por Titçatê, um valente guerreiro.  Quando chegou o momento de Naipi ser entregue à Boiúna, a jovem rompeu em pranto e, de joelhos, suplicou ao pai que não a levasse.  Titçatê, cheio de coragem, colocou-se à frente da cobra grande, empunhando arco e flecha.  Vendo que era rejeitada pela formosa índia, Boiúna ficou furiosa.  Usou seus poderes para transformar a moça numa cachoeira chorosa.  E o guerreiro foi transformado numa linda planta de flores roxas, que ficou boiando sobre a água. Vendo a forma como o amor dos dois jovens foi destruído, os outros índios encheram-se de coragem.  Atacaram a Boiúna e arrancaram-lhe a cabeça.    Como castigo por sua maldade, Tupã orden...

Lendas Indígenas Brasileiras- O João de Barro

Imagem
Segundo a lenda, há muito tempo, numa tribo do Sul do Brasil, um jovem se apaixonou por uma moça de grande beleza.  Jaebé, o moço, foi pedi-la em casamento.  O pai dela então perguntou:  Que provas podes dar de sua força para pretender a mão da moça mais formosa da tribo? As provas do meu amor, respondeu o jovem Jaebé.  O velho gostou da resposta, mas achou o jovem atrevido, então disse:  O último pretendente de minha filha falou que ficaria cinco dias em jejum e morreu no quarto dia.  Pois eu digo que ficarei nove dias em jejum e não morrerei. Toda a tribo se admirou com a coragem do jovem apaixonado. O velho ordenou que se desse início à prova.  Então, enrolaram o rapaz num pesado couro de anta e ficaram dia e noite vigiando para que ele não saísse nem fosse alimentado.  A jovem apaixonada chorava e implorava à deusa Lua que o mantivesse vivo.  O tempo foi passando e certa manhã, a filha pediu ao pai:  Já se passaram cinco dias. Não o ...

Lendas Indígenas do Brasil- A Origem do Fogo

Imagem
Na terra dos cainguangues ninguém sabia como fazer fogo, portanto, ninguém dele se beneficiava. Apenas Minarã, um índio de raça estranha, que o mantinha em sua lareira, zelado por sua filha, Iaravi, que o guardava como a um tesouro. Os cainguangues não se conformavam com esse egoísmo de Minarã.  Até que um dia um jovem, inteligente e ardiloso, Fiietó, decidiu descobrir o segredo de Minarã. Transformou-se em uma gralha branca e foi até o local onde estava a cabana em cuja lareira o fogo ardia.  Ali encontrou Iaravi banhando-se no rio goio-Xopin.  Então, atirou-se na água e se deixou levar pela correnteza em direção à formosa índia.  Ela viu a pobre gralha encharcada e a recolheu, levando-a para junto da lareira.  Tão logo suas penas de ave secaram, Fiietó pegou uma brasa com o bico e fugiu.  Mais adiante, pousando no galho de um pinheiro, reavivou a brasa e com ela pôs fogo em uma grimpa.   Como o ramo era muito pesado, era difícil transportá-lo co...