Personalidades Joseenses- O Poeta Cassiano Ricardo Leite Machado

Cassiano Ricardo Leite Machado, nasceu em São José dos Campos, em 26 de julho de 1894, filho de Francisco Leite Machado e Minervina Ricardo Leite, foi um jornalista, poeta e ensaísta brasileiro.

Foi educado dentro do modelo da aristocracia cafeeira, sua família era rica e produtora de café com fazendas em São José dos Campos e com diversas propriedades na área urbana. 

Fez os primeiros estudos em sua cidade natal e os completou em Jacareí.

Sob influência de seu tio-avô, Manuelzinho Ricardo, poeta e farmacêutico em São José dos Campos, “Cassianinho”, como era tratado por seus parentes, começou cedo na literatura, tanto é que no “Almanach” de SJC para o ano de 1905, já lemos o poema  “Os Piriquitos”, tinha o poeta apenas 10 anos de idade! 

Seus primeiros versos foram dentro da escola parnasiana. 

Aos 16 anos publicava o seu primeiro livro de poesias, "Dentro da Noite".

Representante do modernismo de tendências nacionalistas, esteve associado aos grupos Verde-Amarelo e da Anta, foi o fundador do grupo da Bandeira, reação de cunho social-democrata a estes grupos, todavia, sua obra se transformou até o final, evoluindo formalmente de acordo com as novas tendências dos anos 1950, tendo participação no movimento da poesia concreta.

Pertenceu às academias paulista e brasileira de letras.

Formou-se em direito no Rio de Janeiro, em 1917.

Rumando para São Paulo, trabalhou como jornalista em diversas publicações, e chegou a fundar alguns jornais.

Aproximou-se de Menotti Del Picchia e Plínio Salgado, à época da Semana de Arte Moderna de 1922. 

Em 1924 fundou A Novíssima, revista modernista.

Em 1928 publicou Martim Cererê, importante experiência modernista primitivista-nacionalista na linha mitológica de Macunaíma (de Mário de Andrade) e Cobra Norato (de Raul Bopp).

Afastando-se das ideias de Plínio Salgado, Cassiano Ricardo funda com Menotti del Picchia o grupo da Bandeira, em 1937.

Neste ano ainda foi eleito para a cadeira número 31 da Academia Brasileira de Letras, sendo o segundo modernista aceito na instituição (o primeiro havia sido Guilherme de Almeida, que foi encarregado de recebê-lo).

Em 1950 foi eleito presidente do Clube da Poesia de São Paulo, e entre 1953 e 1954 foi chefe do Escritório Comercial do Brasil em Paris, vindo a ocupar outros cargos públicos nos anos seguintes.

Sua obra passa por diversos momentos: inicialmente apresenta-se presa ao Parnasianismo e ao Simbolismo. 

Com a fase modernista, explora temas nacionalistas e depois restringe-se mais, louvando a epopéia bandeirante, detendo-se, em seguida, em temas mais intimistas, cotidianos, ou mais próximos da realidade observável.

A partir da década de 1950, já no período daquelas tendências que têm sido chamadas por alguns críticos de segunda vanguarda, aproximando-se do grupo concretista das revistas Noigandres e Invenção, mostra claramente o seu espírito, desde sempre, vanguardista. 

Em Jeremias sem-chorar, de 1964, Cassiano Ricardo mostra sua grande capacidade de reciclar-se, produzindo poemas tipográficos e visuais, sempre utilizando-se das possibilidades espaciais da página escrita, sem perder suas próprias características. 

Nas palavras do poeta, na introdução do livro, "Situa-se o poeta numa linha geral de vanguarda, na problemática da poesia de hoje, mas as suas soluções são nitidamente pessoais".

Seu último livro Dexistência ficou inacabado, mas o acompanhou até suas últimas horas de vida num leito hospitalar no Rio de Janeiro, onde faleceu em 14 de Janeiro de 1974. 

Por vários anos o destino dos originais foi uma incógnita, até ser localizado numa doação ao acervo da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, de São José dos Campos, e publicado em 2010. 

Desde 1967, por lei municipal, é comemorada em outubro a Semana Cassiano Ricardo, na cidade de origem do poeta.

Também em São José dos Campos, nos idos de 1920, meu Tio-Avô, Benedito Olavo Salles de Araújo, natural desta Cidade, atuava com artes e jornalismo sendo integrante do Grupo Dramático “Filhos de Talma”, bem como fazia parte da redação do jornal “O Flautim”.  

Tio Benedito, possuía um famoso salão situado na praça Bento Bueno, conforme noticiava  um jornal da época: 

-"Em que ponta está o Luizinho"!!!!. Certamente fez a barba e penteou-se no “SALÃO MIMI”, o anúncio ainda citava: Especialista nos cortes "Brosse", "Carré"  e "Carlos Gomes".........

Fontes: wikipedia

https://www.fccr.sp.gov.br/portalcassianoricardo/#

Imagem: wikipedia





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