Crônicas de Aparecida- A Fundação
O surgimento da atual Cidade de Aparecida está ligado diretamente com a passagem de Dom Pedro de Almeida, conde de Assumar e governante da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, pela então Vila de Guaratinguetá, durante uma viagem até Vila Rica em outubro de 1717.
A população decidira realizar uma festa em homenagem à presença da autoridade e apesar de não ser temporada de pesca, os pescadores lançaram seus barcos no Rio Paraíba do Sul com a intenção de oferecerem peixes ao conde.
Os pescadores Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso rezaram para a Virgem Maria e pediram a ajuda de Deus e após várias tentativas infrutíferas, desceram o curso do rio até chegarem ao local conhecido como Porto Itaguaçu, já prestes a desistirem da pescaria, até que João Alves jogou sua rede novamente e em vez de peixes, apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora, sem a cabeça.
Ao lançar a rede novamente, apanhou a cabeça da imagem,que foi envolvida em um lenço.
Após o encontro da Santa, os peixes começaram a surgir em abundância.
Durante algum tempo, a imagem foi abrigada na residência de Felipe Pedroso, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para orar.
Dada a fé local atribuída aos frequentes relatos de milagres atribuídos à representação, em 1734 foi ordenada a construção de uma capela à sua alusão, a mando do vigário de Guaratinguetá no local conhecido como Morro dos Coqueiros.
A capela foi aberta à visitação pública em 1745 e uma vez que a fama dos milagres se espalhava por outras regiões do Brasil, tornaram-se comuns peregrinações de fiéis até a localidade.
O número crescente de fiéis implicou, em 1834, no início da construção de uma igreja maior, a atual Basílica Velha, sendo solenemente inaugurada e benzida em 8 de dezembro de 1888.
Consolidação
Fachada da Basílica Velha, inaugurada em 1888
Pela lei provincial nº 19, de 4 de março de 1842, foi criada a freguesia (equivalente à condição de distrito) denominada Aparecida e subordinada a Guaratinguetá.
Chegou a ser extinta pela lei nº 38, de 15 de março de 1844, sendo recriada pela lei nº 131, de 25 de abril de 1880.
Deixou de existir novamente pela lei n.º 3, de 15 de fevereiro de 1882, porém foi restabelecida pelo decreto estadual nº 147, de 4 de abril de 1891.
A 8 de julho de 1877, a localidade passou a ser atendida pela Estrada de Ferro do Norte (depois Estrada de Ferro Central do Brasil), com a inauguração de sua estação ferroviária, que foi reinaugurada em 1922 e desativada em 1998, em função do fim do transporte de passageiros.
A antiga denominação da via férrea levou à cidade ser conhecida também como Aparecida do Norte.
O desenvolvimento em função do turismo religioso culminou na emancipação de Aparecida, decretada pela lei estadual nº 2.312, de 17 de dezembro de 1928, desmembrando-se de Guaratinguetá e instalando-se a 30 de março de 1929.
Pelo decreto-lei estadual nº 14.334, de 30 de novembro de 1944, foi criado o distrito de Roseira, que foi desmembrado e emancipado pela lei estadual n.º 5.285, de 18 de fevereiro de 1959.
Em 1904, a imagem foi coroada pelo Papa Pio X sob o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, sendo consagrada padroeira do Brasil em 1930 pelo Papa Pio XI.
Em 1946, foi implantada a pedra fundamental da construção da atual Basílica de Nossa Senhora Aparecida, com projeto de autoria do engenheiro Benedito Calixto Neto, e a 15 de agosto de 1967, em ocasião da comemoração do 250º aniversário do encontro da imagem no Rio Paraíba do Sul, ocorreu a inauguração do templo (ainda inacabado) pelo Papa Paulo VI, representado por um legado especial do Vaticano, ofertando-lhe o título da "Rosa de Ouro".
Em cerimônia presidida por Papa João Paulo II, a basílica foi consagrada oficialmente à Nossa Senhora da Conceição Aparecida em julho de 1980.
Além de João Paulo II, Aparecida também veio a receber as visitas dos papas Bento XVI, em 2007, durante a Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe, e Francisco, como parte da XXVIII Jornada Mundial da Juventude.
A localização no Vale do Paraíba, entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, com acesso facilitado através da Rodovia Presidente Dutra, favorece a estadia anual de milhões de fiéis e visitantes.
Peregrinos em direção ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida
Os meus Bisavós Paternos João Antonio Vicente de Mendonça e Rita Gomes de Carvalho, aqui residiam no ano de 1912.
Fonte: Wikipedia
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