Lendas Indígenas do Brasil- A Origem do Fogo

Na terra dos cainguangues ninguém sabia como fazer fogo, portanto, ninguém dele se beneficiava.

Apenas Minarã, um índio de raça estranha, que o mantinha em sua lareira, zelado por sua filha, Iaravi, que o guardava como a um tesouro.

Os cainguangues não se conformavam com esse egoísmo de Minarã. 

Até que um dia um jovem, inteligente e ardiloso, Fiietó, decidiu descobrir o segredo de Minarã.

Transformou-se em uma gralha branca e foi até o local onde estava a cabana em cuja lareira o fogo ardia. 

Ali encontrou Iaravi banhando-se no rio goio-Xopin. 

Então, atirou-se na água e se deixou levar pela correnteza em direção à formosa índia. 

Ela viu a pobre gralha encharcada e a recolheu, levando-a para junto da lareira. 

Tão logo suas penas de ave secaram, Fiietó pegou uma brasa com o bico e fugiu. 

Mais adiante, pousando no galho de um pinheiro, reavivou a brasa e com ela pôs fogo em uma grimpa.  

Como o ramo era muito pesado, era difícil transportá-lo com o bico, e ainda com o vento aumentando ainda mais a chama. 

Fiietó decidiu arrastá-lo pelo mato, e por causa disso, acabou provocando um incêndio espetacular.

Durante muito tempo, as noites ficaram claras como o dia, com o fogo se alastrando pelas florestas. 

Todos os índios da região foram ver o incêndio, aproveitando para levar tições para suas casas, que desde então passaram a ter suas próprias fogueiras sempre acesas. 

Depois do incêndio, extensas áreas de florestas viraram os campos que hoje conhecemos: 

Os Campos Gerais, os campos de Palmas e os campos de Guarapuava

Fonte: www.sescpr.com.br/wp-content/uploads/2019/03/EntrelendasPR_2edição_postais_web-2.pdf

Imagem: www.wikipedia.org.


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