Crônicas de Itu- Dom Gabriel Paulino Bueno Couto
Dom Gabriel, nasceu em Itu aos 22 de junho de 1910.
Filho de Porcino de Camargo Couto e Gabriela Bueno, através de quem é tetraneto do
bandeirante Bartolomeu Bueno.
Era irmão mais velho da professora Maria Elisa Bueno Couto Chaluppe, que hoje é nome de escola em Barueri.
Ingressou no Seminário dos Padres Carmelitas, em Itu, onde, em 1927 recebeu o hábito
carmelita e realizou seu noviciado.
Sua profissão religiosa foi realizada em 30 de dezembro de 1928.
Cursou Teologia no Colégio Internacional Santo Alberto, em Roma, frequentando a
Pontifícia Universidade Gregoriana. Emitiu seus votos perpétuos em 1931.
Foi ordenado presbítero no dia 9 de julho de 1933, em Roma, onde permaneceu por 17
anos.
No dia 16 de outubro de 1946 foi eleito bispo, aos 36 anos.
Sua ordenação episcopal deu-se a 15 de dezembro de 1946, em Roma, pelas mãos doscardeais Raffaele Carlo Rossi, OCD, Luigi Traglia e de Dom Giuseppe D'Avack.
Foi bispo auxiliar de Jaboticabal, São Paulo, de 1946 a 1954; Curitiba, Paraná, de 1954 a
1955; bispo auxiliar de Taubaté, São Paulo, de 1955 a 1965; bispo auxiliar de São Paulo de
1965 a 1966.
Dom Gabriel esteve presente em todas as sessões do Concílio Vaticano II (1962-1965).
No dia 21 de novembro de 1966 foi nomeado pelo papa Paulo VI para ser o primeiro bispo
diocesano de Jundiaí, São Paulo. Permaneceu nesta função até sua morte em 1982.
Foi administrador apostólico da Diocese de Bragança Paulista, de 1968 a 1971, período
compreendido entre a enfermidade de Dom José Maurício da Rocha e a posse de Dom
José Lafayette Ferreira Álvares.
Em 1972, foi um dos signatários do documento Testemunho de Paz: declaração conjunta do
episcopado paulista (Brodowski, São Paulo, 8 de junho de 1972).
Esta declaração foi a primeira manifestação do episcopado brasileiro sobre as prisões e
torturas cometidas pelo governo militar no Brasil, era então presidente do Regional Sul-1 da
CNBB Dom Paulo Evaristo Arns.
Faleceu em Jundiaí, aos 11 de março de 1962.
A Diocese de Jundiaí e a Ordem Carmelita, à qual pertencia, estão trabalhando pela sua
beatificação. Seu processo, terminada a fase diocesana encontra-se em Roma.
Brasão e lema
Descrição: Escudo eclesiástico partido: o 1º de sépia carregado de uma estrela de seis
pontas de argente, com um mantel de argente carregado de duas estrelas de sépia, uma à
dextra e outra à senestra; o 2º de jalde com uma cruz latina de sépia, tendo no cruzamento
do braço com a haste uma estrela de seis pontas de argente, carregada do monograma IHS
de goles.
O escudo está assente em tarja branca.
O conjunto pousado sobre uma cruz trevolada de ouro.
O todo encimado pelo chapéu eclesiástico verde, forrado de vermelho, com seus cordões
em cada flanco, terminados por seis borlas cada um, tudo de verde.
Brocante sobre a ponta da cruz um listel de argente com a legenda: FILIVS ANCILLÆ TVÆ,
em letras de sépia.
Interpretação: No primeiro campo do escudo estão representadas as armas da Ordem
Carmelita, sendo que o campo de sépia simboliza o Monte Carmelo, cujo nome hebraico
Carmel quer dizer jardim, e sua cor sépia lembra o hábito da Ordem Carmelita, com a
mesma simbologia do sable (preto): sabedoria, ciência, honestidade, firmeza e obediência
ao Sucessor de Pedro.
O mantel representa o manto de Nossa Senhora do Carmo e sendo de argente (prata)
simboliza a inocência, a castidade, a pureza e a eloquência.
A estrela de argente (prata) representa Nossa Senhora do Carmo e as duas estrelas de
sépia representam, segundo uns: São João da Cruz e Santa Teresa de Ávila; segundo
outros: os profetas Elias e Eliseu.
O campo de jalde (ouro) simboliza: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e
descortínio; a cruz é o símbolo máximo do cristianismo, sendo de sépia tem o significado
acima descrito.
A estrela representa novamente a Virgem Maria, que esteve ao pé da Cruz durante a
crucificação de seu Divino Filho, representado pelo Monograma IHS, que significa: Iesus
Hominum Salvator (Jesus Salvador dos Homens), expressão do reconhecimento de Jesus
Cristo como único salvador da humanidade, e por sua cor goles (vermelho), simboliza o
fogo da caridade inflamada no coração do bispo pelo Divino Espírito Santo, bem como,
valor e socorro aos necessitados.
A cruz e o chapéu representam a dignidade episcopal.
O listel tira seu lema do salmo (Sl 115, 16) FILIVS ANCILLÆ TVÆ: “Sou filho de tua Serva”,
expressando a disposição de servir a Deus, na sua Igreja, com a humildade de um filho de
Nossa Senhora.
Fonte: pt.wikipedia.org.
Imagens: pt.wikipedia.org e Diocese de Jundiaí.
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