Crônicas Religiosas Militares: Santo Antônio- Padroeiro do QCO

O Quadro Complementar de Oficiais (QCO) é composto por oficiais com curso superior, realizado em universidades civis, em diferentes áreas do conhecimento e especializações técnicas necessárias ao Exército. 

Esses oficiais são formados na Escola de Formação Complementar do Exército, que matricula anualmente quase uma centena de alunos.

Criado em  2 de outubro de 1989, pela Lei nº 7.831, o QCO resultou de decisão que trouxe para o Exército profissionais de ambos os sexos e diversas especialidades para emprego em atividades de natureza administrativa e complementar, incrementando, significativamente, a eficiência da atividade-meio.

São administradores, que racionalizam processos gerenciais, estatísticos, que assessoram seus superiores com análises de quadros do Exército, professores, que educam os jovens líderes do amanhã, profissionais de informática, que implementam vários sistemas de computação na Força Terrestre, os comunicadores sociais, que contribuem para a divulgação da imagem da Força e ainda advogados, psicólogos, contadores e tantos outros, que vêm compartilhando, com os demais integrantes da Força, os esforços desenvolvidos em prol do cumprimento da missão constitucional do Exército.

A ligação entre Santo Antônio e a vida militar teve início em Portugal, no Reinado de Dom Afonso VI, quando o Santo assentou praça no Regimento de Lagos, do Exército Português, no Século XV. 

Desta forma, passou a ser invocado pelos capitães para auxiliar as tropas nas batalhas contra os inimigos. 

A tradição se expandiu e segundo os historiadores, logo o Santo teve praça de Soldado em quase todos os batalhões portugueses. 

Com a chegada da devoção ao Brasil, também este costume se fixou em terras brasileiras, galgando o Santo sucessivas promoções a patentes mais elevadas. 

Há registro destes fatos em Minas Gerais, Goiás, Pernambuco, Bahia e no Rio de Janeiro.

Sabe-se que Santo Antônio assentou praça também em terras cariocas, porém não se sabe ao certo o ano em que o referido episódio ocorreu. 

O certo é que, a 18 de setembro de 1710, o governador Francisco de Castro Morais o promoveu a Capitão de Infantaria. 

A promoção saiu na véspera de uma importante batalha, em que foi atribuída ao Santo a defesa do território cujas tropas francesas tentaram invadir.

A imagem que hoje é conhecida como a de Santo Antônio do Relento fora originalmente concebida para o altar-mor da igreja. 

Esta imagem teve sua aura mística reforçada em princípios do século XVIII, por ocasião do ataque francês à cidade empreendido por Jean François Duclerc. 

Na ocasião, ela recebeu do governador Francisco de Castro Morais a patente de Capitão de Infantaria e foi devidamente colocada, a pedido do governador, sobre a muralha do convento para, dessa posição, presidir a luta contra os invasores. 

Expulsos os franceses, a imagem passou a ocupar o frontispício da igreja e diante dela, manteve-se sempre acesa uma lamparina durante a noite. 

Em 1779, com a reforma da entrada da portaria, construiu-se o nicho onde está a imagem até os dias de hoje. 

Por ficar do lado de fora da igreja, a imagem ficou conhecida como Santo Antônio do Relento ou Santo Antônio da Garoa.

E ainda, outro patrono do Quadro Complementar de Oficiais é a Cadete Maria Quitéria.

Fonte: https://www.eb.mil.br/o-exercito/armas-quadros-e-servicos/qco

https://franciscanos.org.br/noticias/franciscanos-e-militares-celebram-santo-antonio-do-relento.html#gsc.tab=0

Imagem: https://www.instagram.com/p/DAEqSpCSjf4/

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