Crônicas de Natividade da Serra- A Paróquia de Nossa Senhora da Natividade

Em 3 de julho de 1934, Natividade da Serra passou a condição de Distrito de Paz e em 5 de julho de 1935 voltou a anexar-se ao Município de Paraibuna.

O município foi instalado em 1864 e reinstalado em 1935. 

Em 30 de novembro de 1944, recebeu o nome definitivo de Natividade da Serra, nome originário da Padroeira da cidade, Nossa Senhora da Natividade e, também devido a sua situação geográfica entre os contrafortes da Serra do Mar.

A Paróquia de Nossa Senhora da Natividade foi criada pela Lei Provincial nº 33, artigo 11, aos 24 dias do mês de abril de 1863. 

Dois anos depois, a 15 de março de 1865, o Exmo. Sr. Bispo Diocesano determinou as divisas eclesiásticas do município, solicitando à Câmara levar o fato ao conhecimento do Sr. Vigário e que este por sua vez, transmitisse aos fiéis durante a missa paroquial. 

Esse fato de grande importância para Natividade teve início com a elevação do povoado à categoria de Vila, pelo Exmo. Sr. Dr. João Tobias de Aguiar e Castro, então presidente da província de São Paulo, surgindo dali a idéia de marcar os limites entre Natividade e Paraibuna, o que se fez a cinco de março de 1864.

A Paróquia teve como seu primeiro vigário, a pessoa do Padre José da Veiga, sacerdote zeloso que de Paraibuna vinha periodicamente e fazia os trabalhos pastorais na qualidade de capelão. 

O seu primeiro vigário provincionado foi o Padre Martins, que esteve à frente da Paróquia desde 1865 até 1892.

Padre Vicente se mantinha exclusivamente da lavoura, já que as contribuições eram mínimas, razão porque ordinariamente quem o solicitasse, haveria de procurá-lo em sua chácara, onde o mesmo se mantinha de enxada na mão e de calças arregaçadas até o joelho. 

Padre Vicente era uma pessoa muito agradável, gostava de conversar e contar estórias, com isso ia cativando a amizade de todos e especialmente das crianças. 

O Padre, entre o seu trabalho e sua missão sacerdotal, aproveitava a ocasião para instruí-los. 

Naquele tempo imperava a superstição e o padre tinha de combater o mal e se conselhos não bastassem, chegava até a ponto de prometer maldição. 

Padre Vicente era inflexível, não admitia conluios e sabia separar as duas causas: religião aqui, amizade lá. 

Se na rua ou na casa era brincalhão, contrariamente, na Igreja sabia também impor respeito e veneração.

Padre Vicente José Martins era um português de fibra inquebrantável. 

Seus restos mortais repousam na Igreja Matriz da nova Natividade da Serra, onde ali os colocou o ex-vigário desta Paróquia, Frei Eduardo Maria da Gama.

Também aqui, nesta Cidade, meus Bisavós Paternos, Mánoel Portes de Araújo e Julieta Francisca de Salles, nascidos em São José dos Campos em 1854 e 1861 respectivamente, casaram-se em 07 de Julho de 1883.

Fonte: www.diocesedetaubate.org.br

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