O Sanatório Vicentina Aranha
A Cidade de São José dos Campos, no início do século XX, era considerada possuidora de um clima salutar, nos moldes encontrados em Campos do Jordão e essa virtude favorecia o tratamento de doenças respiratórias.
Outro atrativo, sem dúvida era a proximidade com a Capital, bem como nesse processo, tísicos que chegavam na Estação Ferroviária de Pindamonhangaba, eram encaminhados para São José dos Campos.
A iniciativa e os meios para a construção de um Sanatório, destinado aos enfermos, uma vez que existiam pensões para abrigar os doentes, porém com infra-estrutura precária, partiu de importante Dama da Sociedade Paulista, a Senhora Vicentina de Queiroz Aranha, expoente em ações filantrópicas e esposa do Senador Olavo Egydio, que era membro da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia em São Paulo.
Por sua vez, a Irmandade da Santa Casa, não tinha mais a possibilidade de acolher e internar as pessoas com tuberculose no local, pois estes necessitavam de isolamento para o tratamento da doença.
Dona Vicentina Aranha, iniciou a campanha para angariar fundos para o projeto, vindo a falecer no ano de 1916, porém sua campanha continuou, culminado ser a instalação de Saúde, inaugurada com o seu nome, como Homenagem e gratidão de todos que auxiliou.
O Sanatório Vicentina Aranha teve a sua construção iniciada em 1918, em terreno adquirido pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com a ajuda da Câmara Municipal de São José dos Campos e, em 1924, inconcluso, foi inaugurado.
A localização estratégica do sanatório, fora da cidade de São Paulo, permitia melhores condições para o tratamento da tuberculose.
À época, foi considerado um dos maiores da América Latina e tido como referência para novas construções do gênero.
O projeto é atribuído à Construtora Severo & Villares de São Paulo, e coube ao engenheiro Augusto Toledo a responsabilidade pela sua execução.
Trata-se de um conjunto de edificações dispostas de forma simétrica, distantes entre si, do tipo pavilhonar, ligados através de passarelas cobertas, ocupando uma extensa área que a partir de 1932 passou a ser denominada de Zona Sanatorial.
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