Itu, Cidade que é o berço de muitos Filhos ilustres, conhecida como o Berço da República, entre outros adjetivos elogiosos, assim o é, com toda razão, considerando que o primeiro Presidente Civil, após a República, coube a um distinto filho de sua Terra: Prudente José de Morais Barros.
Nascido em Itu, aos 04 de outubro de 1841, seus Pais foram José Marcelino de Barros e Catarina Maria de Morais.
Por volta de seus cinco anos de idade, Prudente perdeu o Pai, de profissão tropeiro, tendo sido assassinado por um escravo, quando faziam a rota Santos-Itu. Dona Catarina, sua Mãe, casou-se então com o viúvo Major Caetano José Gomes Carneiro
O menino Prudente, desde cedo revelara pronunciada tendência para a carreira das letras, fez os primeiros estudos no lar materno e posteriormente na escola do velho Professor Ituano Manoel Estanislau Delgado.
Contrariado por seu padrasto, porém poderosamente amparado pela sua Mãe, fez os preparatórios em
São Paulo, Capital matriculando-se no primeiro ano da faculdade de direito em 1859.
Em 1866, casou-se com
Adelaide Maria Gordo, na residência dos Pais dela em Santos, sendo que após o casamento, mudaram-se para Piracicaba, onde hoje, a residencia do casal tornou-se um Museu.
O Casal Prudente e Adelaide tiveram nove filhos, sendo que Prudente já possuía um, nascido em sua época de Faculdade, de nome José.
No Império, pertenceu ao Partido Liberal (PL), monarquista, elegeu-se vereador, sendo o mais votado, com 420 votos em 1864, presidindo a Câmara Municipal de Piracicaba.
Em 1877, no exercício de vereador, Prudente conseguiu mudar o nome da cidade, que na época chamava-se
Vila Nova da Constituição, e passou a se denominar Piracicaba, nome indígena da região, que quer dizer "lugar onde os peixes moram".
Piracicaba é também terra natal de minha Avó Dolores Barcellos, nascida em 09 de Julho de 1900 e seu Irmão, meu Tio-Avô Salvador Barcellos, nascido em 25 de Dezembro de 1893, pois foi ali que meus Bisavós Raymundo Barcellos e Vicência Rubio, se instalaram, em 1890, vindos como Imigrantes da Espanha antes de se mudarem para
Salto. (mas os fatos serão objeto de outra crônica).
Em 1876, alistou-se nas fileiras republicanas, empolgado pela ideia nova que surgia, ao calor do entusiasmo dos espíritos mais vigorosos e brilhantes de sua geração.
Elegeu-se Presidente do Brasil, o primeiro Civil eleito após a proclamação da República, no período de 1894 a 1898.
Em seu governo, reatou relações diplomáticas com
Portugal, retomou o controle territorial da
ilha de trindade junto à Inglaterra, resolveu a questão de fronteira com a
Argentina.
Em 05 de novembro de 1897, ao recepcionar as forças militares vitoriosas, que regressavam da
campanha de canudos, no arsenal de guerra, foi atacado pelo Anspeçada Marcelino Bispo de Melo que, armado de uma garrucha, disparou em sua direção, porém a arma veio a falhar, dando tempo para que o
Marechal Carlos Machado de Bittencourt, Ministro da Guerra e o
Coronel Luiz Mendes de Morais, Chefe da Casa Militar, se interpusessem em defesa do Presidente, então Marcelino sacou de um punhal e desferiu golpes contra o Coronel e também diversas punhaladas no Marechal, o qual, não resistiu aos ferimentos, falecendo no local.
Como o Vice-Presidente
Manuel Vitorino, que possuía divergências com Prudente de Morais, foi indicado como o suposto mandante do crime, porém seu nome não foi incluído no despacho final das investigações e do processo em si, mesmo assim, arruinou sua carreira política.
Prudente de Morais, teve seu nome eternizado na formação de um próspero Bairro de São Paulo, a
Vila Prudente, por iniciativa de seus fundadores, os Irmãos Emídio, Panfílio e Bernardino Falchi, juntamente com o financista Serafim Corso, que em 1890, adquiriram extensa gleba de terras dos Pedroso, onde instalaram a primeira indústria da região, a fábrica de chocolates Falchi, efetuando o loteamento dos terrenos, fundando a então chamada Via Prudente de Morais.
Fontes; Jornais de época, Wikipedia.
Imagens: Wikipedia, Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraes de Piracicaba-SP
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