Crônicas de Itu- A fundação da Cidade.

Magnífica Cidade interiorana, merecedora de todos os adjetivos elogiosos, conhecida como a "Roma Brasileira", por suas espetaculares Igrejas, com arquiteturas muito rebuscadas,  o "Berço da Republica", pois aqui foi realizada a histórica Convenção de Itu, "Cidade das Artes", pois aqui nasceram ou residiram os mais ilustres artistas das artes Sacras, Cênicas,  Líricas, tais como: O Frei Jesuíno do Monte Carmelo, Francisco Flaviano de Almeida (Simplício), Maestro Elias, Lobo. Berço também do primeiro Presidente civil do Brasil, o Ituano, Prudente José de Morais Barros. Terra de empreendedores, visionários, abolicionistas, universalistas, engenheiros, pessoas com idéias inovadoras, originais e muito à frente do seu tempo. 

Aqui também, meus Bisavós, Antonio José de Marins e Anna Cândida de Camargo Fortes Marins, Raymundo Barcellos e Vicenza Rubio, originários da Europa, (Espanha e Portugal), escolheram para seu novo lar, onde muito contribuíram para o progresso dessa  pitoresca Cidade, desde meados do Século XIX, acrescentando que meu Bisavô Raymundo (Ramon) Barcellos, tinha formação em engenharia na Espanha, vindo ao Brasil para trabalhar na fábrica da Brasital, na então Salto de Ytú, assunto que abordarei oportunamente.  

A história ituana está permeada na história do Brasil. 

Além de participar do movimento bandeirista (expedições de bandeirantes que navegavam pelo rio Tietê em busca das minas de ouro de Cuiabá, no Mato Grosso). 

Ponto de apoio e ligação para as expedições, por ser um entroncamento de diversos caminhos terrestres e fluviais, o local recebeu o nome de origem indígena Itu-Guaçu ou Utu-Guaçu, devido às suas grandes queda d"água, como o Salto de Itu, no rio Tietê.

Os primeiros habitantes de Itu foram os colonos portugueses, que se dedicaram à construção de uma capela a Nossa Senhora da Candelária, construída por Domingos Fernandes e seu genro, Cristóvão Diniz. Eles receberam por sesmaria em 1604, a posse das terras dos campos de Pirapitingui, que contavam no total 642 km².

Os pais de Domingos Fernandes eram o fidalgo português Manuel Fernandes Ramos e a paulista Suzana Dias, pais também de Baltazar Fernandes, André Fernandes, Pedro Fernandes, Custódia Dias, Benta Dias e Ângela Fernandes. 

Os Fernandes ficaram conhecidos na genealogia das famílias paulistas com o título de Povoadores. André e seu pai Manuel fundaram Parnaíba. 

Baltazar é o fundador de Sorocaba. Suzana Dias, a grande matriarca, era neta do cacique Tibiriçá e foi alfabetizada por Anchieta.

Painel de azulejos de Luis Antonio Gagni

Essa capela é o marco de fundação da cidade, em 2 de fevereiro de 1610. 

Até 1750, a vila de Itu era bem pequena, com apenas uma rua, a rua Direita, conhecida hoje por rua Paula Souza. Escravos e donos de fazendas construíram dois conventos e algumas igrejas na região.

Em 1822, Itu recebeu o título por parte do imperador D. Pedro I de Fidelíssima, por sua posição a favor da independência.                                                      

 

 Vista da Cidade de Itu Miguelzinho Dutra 1851

Em 1842, pela Lei Provincial de 5 de fevereiro de 1842, a Vila de Itu foi elevada a categoria de cidade e a partir de 1850 e por vários anos Itu foi considerada a cidade mais rica da Província de São Paulo, com importante participação na vida econômica e política paulista.

O período entre 1836 e 1854 marca grande crescimento de Itu. 

A exportação do açúcar brasileiro para a Europa lhe garantiu o título de vila mais rica de toda a província. Neste período, em fevereiro de 1842, a vila foi alçada a condição de cidade.

Já em 1860, com a crise no mercado internacional do açúcar e o conflito entre políticos e fazendeiros ituanos contra o governo imperial, cresceu em Itu o movimento republicano que resultou, em 1873, na realização da primeira convenção republicana do país.

Esse advento resultou na chegada de milhares de imigrantes italianos para trabalhar no lugar dos escravos nas fazendas.

A produção cafeeira substituiu a cana e foi a base da economia local até 1935. 

Em 1950, as indústrias começaram a se instalar no município, gerando uma migração da zona rural para a urbana em busca de trabalho. 

No fim dos anos 1960, com a inauguração da rodovia Castello Branco, houve significativo impulso industrial em Itu.

Fontes: www.itu.sp.gov.br/turismo/história, Wikipédia