Crônicas de Itu- Compositores- Maestro Elias Lobo

Continuando as Crônicas a respeito dos ilustres filhos, da encantadora e profícua Cidade, berço dos meus Antepassados,  que forneceu ao Brasil, muita cultura, em todas as suas formas, seja nas artes cênicas, visuais, na política, na religiosidade, e também neste tópico, muita cultura musical, neste caso, falamos da musica erudita, que teve um dos seus maiores representantes, na segunda metade do século XIX. Elias Álvares Lobo, foi Compositor, Maestro, Professor, Patrono da cadeira de número 14 da Academia Brasileira de Música.

Nascido em Itu, aos 09 de Agosto de 1834,revelou sua vocação para a música. Padre Diogo Antonio Feijó, ex-regente do Império, era amigo de sua família, prestando apoio ao jovem Artista.
Criado segundo os costumes Cristãos, sempre presente as solenidades da liturgia, acompanhava com atenção os acordes do órgão e as vozes do coro. Tanta atenção as peculiaridades da música  prestou, que aos 16 anos, já compunha peças para piano, bem como marchas, dobrados, valsas para orquestras e bandas de música.
Elias Lobo, escreveu também composições para ladainhas, rezas e procissões.
Aos 22 anos, escreveu uma composição para ser cantada durante a missa, seguida de mais outras oito composições.
Em 1858 compôs a grande Missa de São Pedro de Alcântara, cantada em Itu e na capela imperial do Rio de Janeiro, oferecida ao Imperador Dom Pedro II.
Entre suas músicas sacras que alcançaram maior prestígio estão As Sete Palavras para a Semana Santa; Oratória de Nossa Senhora do Carmo; Oratória do Natal; Matinas do Santíssimo Sacramento e Matinas do Espírito Santo.
Foi autor da ópera A Noite de São João, com libreto de José de Alencar, a primeira ópera escrita em português e estreada no Brasil. 
Também foi autor de numerosas peças sacras e música de câmara, além de professor de música, havendo lecionado nas cidades de São Paulo, Itatiba e Campinas. 
Entre os anos de 1876 e 1878, foi Mestre de capela da Schola Cantorum Sancta Cæcilia, de Itatiba, para onde foi levado pelo também ituano Padre Francisco de Paula Lima.
Em seu Piano Hertz, de fabricação francesa, compôs a maior parte de suas obras.
Junto com seus Irmãos José e Francisco Lobo, também ligados à musica, participou ativamente na Política, estando presentes na histórica convenção de Itu, realizada em 18 de abril de 1873, realizada na residência do fazendeiro Carlos Vasconcelos de Almeida Prado, onde hoje esta instalado o Museus republicano convenção de Itu, marco do movimento republicano no Brasil.
Muitos de seus trabalhos musicais perderam-se e alguns foram restaurados apenas recentemente, entre esses o Oratório de Nossa Senhora da Conceição, recuperada pelo maestro Marcos Júlio Sergl, com a sua primeira execução pública em 2004.
Casou-se em primeiras núpcias com Elisa Euphrosina da Costa, falecida em 1883 em Campinas, em segundas núpcias, com Isabel de Arruda, falecida em 2 de janeiro de 1941.
Maestro Elias Lobo, faleceu em 15 de dezembro de 1901 em São Paulo.
Por sinal, esta publicação recorda, pela data de postagem os 121 anos de seu falecimento.
Sua memória e obra porém são eternas e inesquecíveis, levando a Cidade de Itu, berço de seu nascimento a reconhecimento internacional, para os apreciadores das músicas erudita e sacra.
No ano de 2014, seus despojos, foram transladados para Itu, onde repousam num monumento, ornado de liras, que refletem a atividade musical de um de seus filhos mais Ilustres, motivo de orgulho e honra para a sua Cidade.
Descanse em Paz Maestro Elias Lobo.

Fontes: Wikipédia, Jornal da Usp, Itu.com.br/cultur
Imagens: Wikipedia,  Museu Republicano de Itu, Museu da música de Itu, IEB USP Maestro Elias Lobo- Partitura.

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